quinta-feira, 10 de março de 2011

Muammar Abu Minyar al-Gaddafi

Muammar Abu Minyar al-Gaddafi é o chefe de Estado da Líbia desde 1969.

Na qualidade de presidente do conselho da revolução, nacionalizou a indústria do petróleo e converteu-se no primeiro representante do pan-islamismo. Nas décadas de 1970 e 1980 apoiou diversos grupos islâmicos de libertação nacional no Terceiro Mundo.

Grafia

O nome do líder líbio é escrito de várias maneiras diferentes devido a dificuldades da transliteração da língua árabe e também da pronúncia regional da Líbia. As muitas grafias possíveis no alfabeto latino são, para o primeiro nome, Muammar, Mu'ammar e Moammar e, para o sobrenome, Kadafi, Gadhafi, al-Khaddafi, al-Qadhafi e al-Khadafi. O próprio comandante líbio parece preferir Moammar El-Gadhafi, Muammar Gadafi ou al-Gathafi.

Biografia

Infância e juventude


Gaddafi, pertencente a uma tradicional família líbia, teria nascido em uma tenda no deserto líbio, próximo à cidade líbia de Surt ou Sirte (norte). Teve contato com beduínos comerciantes que viajavam pela região de Surt, com quem adquiriu e formou suas precoces posições políticas.

Ainda criança, Gaddafi foi enviado à uma rígida escola, onde passou anos longe de seus pais. Lá destacou-se em matemática, literatura e geografia.

Depois de terminar a primeira etapa de seus estudos, Gaddafi, aos 17 anos, iniciou a carreira militar. Integrou a Academia Militar de Benghazi, segunda principal cidade do país, e também integrou a Real Academia Militar (The Royal Military Academy) em Sandhurst, na Inglaterra.No primeiro ano do curso superior formou um clube de opositores ao governo de Idris I, que cada vez mais vinha autorizando a entrada de americanos na Líbia, decisões que Gaddafi abominava.

Tomada do poder

No ano de 1969 o governo de Idris I passava por uma crise de impopularidade, pois grandes quantidades de petróleo líbio estavam sendo utilizadas pelos Estados Unidos, sem qualquer compensação à Líbia. Admirador do líder egípcio e nacionalista árabe Gamal Abdel Nasser, Muammar al-Gadhafi, aos 27 anos de idade, foi naquele membro das tropas revolucionárias que tomaram o governo do país, no dia 1º de setembro de 1969, tendo como líder Mahmud Sulaiman al-Maghribi. Coronéis do exército líbio invadiram Trípoli e obrigaram Idris a renunciar

Logo após o golpe de estado, Al Magrabbi sai de cena e Qadhafi, como líder da revolução líbia, com a patente de coronel, toma o poder, substituindo o príncipe regente Ridah e o rei ausente (licenciado para fins médicos na Grécia e no Egito), Ídris I, tio de Ridah.

Uma vez instalado no governo do país, Qadhafi declara ilegais as bebidas alcoólicas e os jogos de azar. Exige e obtém a retirada americana e inglesa de bases militares, expulsa as comunidades judaicas e aumenta decididamente a participação das mulheres na sociedade. Além disso, retira da Líbia todos os americanos vindos através da aliança entre Idris I e os EUA, fecha danceterias, bordéis e bares instalados pelos americanos, impondo a toda Líbia o respeito aos preceitos morais do islamismo. Proibiu a exportação de petróleo para os EUA e confisca propriedades internacionais.

Pouco tempo depois, em 1970, morre Gamal Abdel Nasser. Inconformado, Gaddafi começou a patrocinar e apoiar todos grupos, países e facções anti-americanas ou antiisraelenses de que tinha conhecimento, entre eles os Panteras Negras, o Fatah e alguns países do Oriente Médio, tentando dar continuidade ao trabalho de Nasser, que tanto admirara. Gaddafi teve, inclusive, ligação direta com o massacre de Munique, realizado no dia 5 de setembro de 1972, durante os Jogos Olímpicos , patrocinando e dando cobertura ao grupo que ficou conhecido como Setembro Negro. Onze atletas israelenses foram assassinados nesse epsódio.

Atuação como presidente

Em seu Livro Verde, lançado na década de 1970, Gaddafi expôs sua filosofia política, apresentando uma alternativa nacional ao socialismo e ao capitalismo, combinada com aspectos do islamismo. Em 1977 criou o conceito de Jamahiriya ou "Estado das massas", em que o poder é exercido através de milhares de "comitês populares".

Em 1982, como medida punitiva ao suposto patrocínio líbio a grupos terroristas, o governo norte-americano proibiu a importação de petróleo da Líbia. Em 1986, após um atentado a bomba numa discoteca de Berlim, quando morreram dois cidadãos norte-americanos, os EUA lançaram ataques aéreos contra em Trípoli e Benghazi e impuseram sanções econômicas contra o país. No final da década de 1980 o governo líbio foi acusado de envolvimento nos atentados contra aviões da Pan Am e da UTA, o que motivou a imposição de sanções também pela ONU, em março de 1992.

Após sua mulher e sua filha morrerem durante o bombardeio americano a Trípoli, Gaddafi distanciou-se superficialmente de suas alianças com grupos terroristas.
Em 1992 e 1993 a Organização das Nações Unidas impôs sérias sanções à Líbia acusando seu líder de financiar o terrorismo pelo mundo. Essas sanções foram suspensas em 1999.

Com o embargo econômico, juntamente com a queda de preço do petróleo nos mercados internacionais, a situação econômica do país deteriorou-se rapidamente, aumentando o descontentamento popular. Em 1993, um grupo de altos oficiais do Exército liderou uma tentativa de golpe de estado, prontamente debelada pelo regime. Mais de 1500 pessoas foram presas e a cúpula militar foi completamente reestruturada.

Em 1998 o chefe de Estado líbio sofreu um atentado. Foi baleado, tendo sido operado às pressas. A nova tentativa golpe também fracassou e o regime foi mantido.
Na década de 2000 al-Gaddafi pagou integralmente indenizações às famílias dos mortos pelo atentado de Lockerbie. Na mesma década, o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, diz ter desmantelado o arsenal nuclear líbio.

Em 2003 al-Gaddafi anunciou que desistira das armas de destruição em massa e que pretendia juntar-se à guerra ao terror, eixo da política externa americana durante o governo Bush. Logo depois George W. Bush suspendeu as sanções contra a Líbia. Em seguida, os produtores de petróleo dos EUA e da Grã-Bretanha expandiram suas atividades no país. Empresas como BP, Exxon, Halliburton, Chevron, Conoco e Marathon Oil juntaram-se a gigantes da indústria bélica, como Raytheon e Northrop Grumman, e a multinacionais como Dow Chemical e Fluor bem como à poderosa firma de advocacia White & Case para formar a US-Libia Business Association, em 2005.

Em maio de 2006 a Líbia saiu da lista negra (de embargos econômicos) dos Estados Unidos.

Muammar al-Gaddafi é um dos líderes mundiais que está há mais tempo no poder (desde 1969). Desde 2 de março de 1977 instaurou a "Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular e Socialista", nome que recebe oficialmente o estado líbio. Jamairia (em árabe: ﺟﻤﺎﻫﻴﺮﻳﺔ) é um neologismo, geralmente traduzido como estado ou república das massas.

Crise política de 2011

Em 2011, no bojo das revoltas sociais no norte da África, Gaddafi sofreu um ataque revolucionário por parte do povo líbio e, em um sinal de ruptura com o governo, a delegação da Líbia na ONU acusou Gaddafi de genocídio e fez um apelo por sua renúncia. Diversas autoridades, inclusive o ministro da Justiça, Mustafá Abdel Yalil, e diplomatas em diferentes países, renunciaram em protesto contra o uso excessivo de força na repressão das manifestações. Diplomatas que representavam o governo de Gaddafi na China, na Índia e na Liga Árabe deixaram seus cargos em protesto ao governo. De acordo com a organização americana Human Rights Watch, os protestos na Líbia deixaram pelo menos 233 mortos. Há relatos de que em apenas um dia 160 manifestantes teriam morrido. Após a renúncia das autoridades, Saif el-Islam Kadafi anunciou a criação de uma comissão para investigar episódios violentos durante os protestos. A comissão será dirigida por um juiz, e incluirá membros de organizações de direitos humanos líbias e estrangeiras. Uma coalizão de líderes muçulmanos líbios emitiu uma declaração dizendo que é obrigação de todo muçulmano se rebelar contra o governo líbio.


Comentário do grupo: al-Gaddafi foi um ditador que no início da sua ditadura era contra a ONU e os Estados Unidos, mas que após alguns anos chegou a apoiar e ganhar apoio deles. A mídia dizia para a população mundial que a Líbia tinha um presidente e não um ditador, mas o povo da Líbia foi esperto e em sites de relacionamentos descobriu isso. Então começou a revolta contra o governo de al-Gaddafi e a ONU não pôde mais esconder que a Líbia estava em uma ditadura, ou seja, a ONU sempre soube de tudo, mas não falava isso pra ninguém, finjia que não estava vendo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Resgate no Chile

Muito se falou sobre o resgate na mina de cobre do Chile e depois do resgate aí vão umas falas de mineiros e uns comentários:
Apenas um dos 33 mineiros resgatados no Chile ainda está internado. O mineiro Victor Zamor está com uma infecção nos dentes. Neste sábado, o líder espiritual dos trabalhadores, José Henríquez voltou ao local do acidente.
Florencio Ávalos foi o primeiro dos 33 mineiros a subir na cápsula Fênix, e dar início a uma das mais fantásticas operações de resgate de todos os tempos. O homem de 31 anos levou cerca de 15 minutos para ser içado 700 m acima, onde poderia mais uma vez ver a luz do sol, após 69 dias de escuridão, no fundo da mina San José, no norte do Chile. Grande parte do mundo acompanhou o resgate dos “33”, como ficaram conhecidos. Apesar da união para vencer o desespero, o grupo ficou dividido no início, segundo o mineiro.
Ávalos conta que o pior momento foi quando não encontraram a saída e se deram conta de que estavam presos. Foram 17 dias até as equipes de resgate chilenas fazerem contato com o local onde estavam os “33”, a 700 m de profundidade.
A imagem que ficou para o mundo foi da união dos mineiros, mas Ávalos conta que no início não havia consenso entre os trabalhadores.
- Cada um falava sua própria língua.
Ávalos diz que o grupo sabia que o resgate chegaria ao fundo da mina. Mas não achavam que iria demorar tanto. Ele relata a emoção sentida no momento em que a primeira sonda, de 3 cm de diâmetro, chegou ao abrigo.
- Gritamos, gritamos... choramos de emoção.
A partir daí o grupo passou a receber orientações das equipes de resgate e a se comunicar com as famílias.
Os 33 mineiros resgatados no Chile depois de 69 dias soterrados pediram para sair da mina três horas antes do desabamento, em 5 de agosto, informou o deputado Carlos Vilches nesta terça-feira (19). Eles dizem ter ouvido fortes barulhos no interior da jazida, mas o pessoal encarregado negou a autorização.
O parlamentar, da União Democrática Independente (UDI, no poder), membro da comissão de investigação da Câmara de Deputados que tenta determinar as causas do acidente na mina San José, conversou com o mineiro Juan Illanes no hospital de Copiapó depois de seu resgate. Ali, foi informado do episódio, segundo disse Vilches ao diário chileno La Tercera.
O avanço nas operações de resgate dos 33 trabalhadores soterrados há 55 dias na Mina San José, no Deserto do Atacama, no Chile, pode levar à retirada dos mineiros dentro de 15 dias.

A previsão antecipa a estimativa feita inicialmente pelas autoridades de que os mineiros seriam resgatados na primeira semana de novembro. O assessor do Ministério do Interior Cristian Barra afirmou que em duas semanas tudo estará pronto à espera dos mineiros.

O chefe das operações de resgate, André Sougarret, explicou que falta escavar apenas 276 metros para chegar ao local onde estão os trabalhadores. Os mineiros estão a 700 metros de profundidade desde 5 de agosto, quando houve o desabamento na região. As informações são da rede estatal de televisão do Chile, a TVN.

A previsão de que em outubro pode ocorrer o resgate dos mineiros levou otimismo ao Acampamento Esperança, onde estão as famílias dos trabalhadores. Barra, porém, pediu cautela nas expectativas. “Em 15 dias estaremos preparados para o resgate, mas isso não signfiica que esse será o prazo. Tudo estará pronto para que isso ocorra a qualquer momento”, disse o assessor.
Durante vários dias não se soube se estavam vivos ou mortos, mas no domingo chegou a resposta. Estão todos vivos, mas sabe-se que ainda vai demorar meses até que os consigam tirar dali. “Provavelmente não vão estar connosco para o bicentenário da independência [a 18 de Setembro], mas estarão connosco para o Natal e o Ano Novo”, disse ontem Sebastián Piñera. O desafio é agora escavar um túnel para os resgatar, enquanto se envia por uma perfuração mais estreita tudo o que ajude a mantê-los vivos — glucose, hidratantes e alguns alimentos ou medicamentos. No Chile fazem-se perguntas. E reza-se.

Matança no México

Na segunda semana de agosto, uma chacina chocou o mundo. 74 imigrantes de vários países, que tentavam chegar aos Estados Unidos pela fronteira mexicana foram mortos. A suspeita mais forte é a de que a autoria do crime seja do cartel ‘Los Zetas’. Até o momento, cerca de 20 corpos já foram identificados. Os demais seguem passando por necropsia. Organizações que defendem os direitos dos imigrantes condenaram o Estado mexicano pela política migratória falha. 72 corpos dos homens e mulheres migrantes foram encontrados na última terça-feira (24), em uma fazenda próxima a San Fernando, no Estado de Tamaulipas, no México. Nesta sexta-feira (28), mais dois outros corpos foram encontrados. As investigações realizadas até o momento ainda não conseguiram precisar o que motivou as mortes. Segundo informações repassadas a Rádio W pelo porta-voz de segurança do governo federal, Alejandro Poiré, acredita-se que os migrantes foram mortos após se negarem a colaborar com os membros do Los Zetas.

Essa travessia para os EUA é muito perigosa, pois além da polícia, você pode ser sequestrado por quadrilhas e ser "escravisado" por elas. Então é melhor respeitar a lei, do que atravessar clandestinamente ou você pode se arrepender.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eleições 2010

Nesse post iremos falar sobre funções dos candidatos, salários e mandatos.


Presidente e Vice-Presidente da República:



Presidente

O Presidente é a autoridade máxima do poder executivo nacional. São delegadas a ele as tarefas de Chefe de Estado. Seu mandato é de quatro anos podendo se reeleger (uma única vez) em eleições futuras, é eleito por voto secreto e direto.

É dever do presidente zelar pelos direitos da soberania nacional, defendendo seu país e a nação que nele habita.


Vice-presidente

O vice-presidente é uma figura que pode se encaixar em diversas situações. Por exemplo, o vice-presidente de um país é um homem ou mulher que substitui o presidente em situações em que este está impedido, seja por viagem, doença, óbito ou impeachment.


Candidatos:


Presidente

Américo de Souza (PSL)
Bacharel em direito, ciências econômicas, administração, ciências contábeis e pós-graduado em engenharia administrativo-econômica. É ex-deputado federal e ex-senador pelo Maranhão. Em 2006, foi candidato a vice-presidente.


Dilma Rousseff (PT)
É natural de Belo Horizonte. Formada em Economia, foi secretária estadual de Minas, Energia e Comunicação no Rio Grande do Sul. No governo Lula, foi ministra de Minas e Energia e depois ministra-chefe da Casa Civil.

Ivan Pinheiro (PCB)
Advogado, é secretário geral do PCB. Foi presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. Já se candidatou a deputado federal e a vereador. Também já disputou a Prefeitura do Rio de Janeiro.

José Maria Eymael (PSDC)
Nasceu em Porto Alegre, é formado em direito, com especialização na área tributária, e em filosofia pela PUC-RS. Há mais de 30 anos atua como empresário nas áreas marketing e comunicação. Ex-deputado federal, já disputou a Presidência duas vezes.


José Serra (PSDB)
Ex-governador de São Paulo, já foi deputado federal, senador e ministro da Saúde e do Planejamento. Tem formação superior em Economia, concluída no Chile, e em Engenharia, pela Universidade de São Paulo.

Levy Fidélix (PRTB)
Atuou como apresentador de TV, diretor de criação em agências de publicidade e professor. Foi um dos fundadores do PL e esteve no PTR. Já disputou eleições para presidente da República, prefeito de SP, governador, vereador e deputado federal.


Marina Silva (PV)
Nasceu no Acre, onde formou-se em história. Foi vereadora em Rio Branco, deputada estadual e senadora. Atuou no governo Lula como ministra do Meio Ambiente, de 2003 a maio de 2008. Participou da fundação do PT, do qual se desfiliou em 2009.


Mário de Oliveira (PTdoB)
Nasceu em Aquidauana, em Mato Grosso do Sul. É graduado em engenharia mecânica pela Unesp, bacharel em Direito pela PUC-SP e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas-SP.


Oscar Silva (PHS)
Maranhense, vive atualmente em Brasília. É advogado e secretário geral nacional do PHS. Entrou para a política no PMDB. Está filiado há cinco anos ao PHS. Já disputou duas eleições para deputado.

Plínio Sampaio (Psol)
Promotor público aposentado, é mestre em desenvolvimento econômico internacional pela Universidade de Cornell (EUA). Tem atuação junto à Igreja Católica. É presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária.

Rui Pimenta (PCO)
Formado em jornalismo, participou da fundação do PT, com atuação em SP e no ABC. Na década de 80, atuou no sindicalismo. Após ajudar a fundar o PCO em 1996, foi candidato a vereador, a deputado federal e a prefeito de São Paulo.


Zé Maria (PSTU)
Metalúgico, participou dos movimentos sindicais no ABC na década de 1970. Foi um dos fundadores do PT, do qual saiu nos anos 90. É um dos fundadores e atual presidente nacional do PSTU. Integra a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas).


Vice-presidente


Em nossa pesquisa não foram encontrados os candidatos com exatidão, então não postaremos coisas das quais não temos certeza.


Governador e Vice-governador:


Ao falarmos da figura do governador, devemos primeiro salientar que esse tipo de cargo executivo é bem mais antigo que o aparecimento dos regimes republicanos e federativos. Já na Antiguidade, os grandes reinados e impérios contavam com a figura de administradores de confiança que executavam as ações do governo central e resolviam as questões imediatas. Nesse aspecto, os governadores tinham por função essencial dinamizar o processo administrativo e o cumprimento das leis. No Brasil Contemporâneo, o cargo de governador é posto como o de líder máximo do Poder Executivo de um Estado da federação. Na condição de chefe, ele deve representar o seu Estado nas mais importantes questões políticas, administrativas e jurídicas que envolvam os interesses da mesma região.

O mandato de um governador do Brasil dura quatro anos. O governador tem autonomia para organizar um secretariado que trata das mais variadas questões de seu Estado. Assim como um presidente da República, ele tem autonomia para tomar diversas decisões e oferecer projetos de lei estaduais, desde que esses não firam os princípios postulados pela Constituição Federal. Caso não administre bem as finanças de seu Estado, o governador pode ser julgado por crime de improbidade. A ação governamental estabelece um processo de descentralização do poder político capaz de acelerar várias questões políticas, econômicas e sociais de âmbito regional e local. Apesar de sua utilidade, o exercício do cargo de governador pode estabelecer situações de conflito político, quando o mesmo não segue ou concorda com as diretrizes do governo central. De tal modo, o governador deve ser hábil no equilíbrio entre as demandas de seu Estado e as exigências da federação.


Candidatos:


Governador


São Paulo: Geraldo Alckmin, Marta Suplicy, Ciro Gomes, Kassab.

Porto Alegre: Germano Rigotto, Tarso Genro.

Florianópolis: Ângela Amin, Ideli Salvatti.

Curitiba: Osmar Dias.

Rio de Janeiro: Anthony Garotinho, Sergio Cabral, Fernando Gabeira.

Brasília: José Roberto Arruda, Joaquim Roriz.


Vice-governador


Como nos Vice-presidentes, também não foram encontradas informações boas para dizer-nos os principais candidatos a Vice-governador.


SENADO


Cada estado possui três senadores. Na eleição são eleitos apenas dois, que quando eleitos vão para Brasília representar seu estado. O papel deles é fiscalizar o presidente. O tempo de mandato é de oito em oito anos, só que dois elegem-se com o presidente e o outro se elege dois anos depois.


CABE AO SENADOR

- Zelar pelos direitos constitucionais do povo;
- Propor, debater e aprovar leis de interesse nacional;
- Aprovar a escolha presidencial dos presidentes e diretores de empresas públicas, membros do poder judiciário e diplomatas;
- Autorizar operações financeiras externas e condições de crédito.


SALÁRIO SENADOR:


O salário mensal de um senador é de R$ 12.720, mas o custo total de cada um para os cofres da União supera os R$ 120 mil por mês, considerando as verbas a que têm direito os 81 senadores do país.

Já no caso do Senado, a realidade não é muito diferente. De acordo com os dados da ONG, todos os anos a União gasta R$ 10,2 milhões para manter os senadores. Quem se eleger este ano como senador se juntará a dois terços da casa que permaneceram (já que desta vez a renovação é de um terço dos senadores) e passará a receber o salário mensal de R$ 12,7 mil. O valor é 14 vezes maior do que o do salário médio do brasileiro. Os parlamentares do Senado também recebem a verba indenizatória de R$ 15 mil para o custeio de viagens, hospedagens e até do material de escritório. No ano passado a União gastou R$ 180 mil apenas com o pagamento de verbas indenizatórias aos 70 senadores.


Candidatos a Senador - SC


O ex-governador Luiz Henrique (PMDB) lidera a corrida para as duas vagas no Senado com 41% das intenções de voto de acordo com a pesquisa. Em seguida está Paulo Bauer (PSDB) com 18% e Hugo Biehl (PP) com 12%. Os outros candidatos receberam 29% das intenções de voto. Brancos e nulos tem 14% e os indecisos 15%.


Deputado Federal


Eleito por voto direto e secreto é o representante nacional popular. Assim como os deputados estaduais, os federais também no decorrer de seu mandato podem mudar de partido.


Seu mandato tem a duração de 4 anos, podendo se reeleger em eleições futuras. Cabe a ele legislar e zelar pelas leis e dogmas constitucionais nacionais, podendo propor, revogar, emenda à Constituição Federal. São eleitos de acordo com o tamanho da população.


Salário:


Os deputados ganham mais R$ 3 000 por mês de auxílio-moradia e R$15 000 mensais de “verba indenizatória”, que inclui o ressarcimento de gastos tão variados como os de combustível e TV a cabo (por isso mesmo, estão sendo contestados pela Justiça). Além do 13º, eles recebem uma espécie de 14º e 15º como “ajuda de custo”. Dividindo tudo por 12 meses (incluindo o salário e o 13º), o valor mensal bruto passa para R$ 39 390.


Deputado Estadual

Recebe o nome de deputado, o candidato que foi eleito pelo povo para ser seu representante no parlamento. Segundo a Constituição Federal de 1988, deputado estadual é um detentor de cargo político, que tem a incumbência de representar o povo na esfera estadual. Para um candidato ser eleito, é considerada a votação de seu partido político ou coligação de partidos, além da votação recebida pelo candidato.

O deputado Estadual desenvolve suas funções na Assembléia Legislativa Estadual. Em situações normais, seu mandato é de quatro anos. Entretanto, o candidato pode concorrer à reeleição diversas vezes, sem haver uma quantidade limitada de mandatos.

Sua função principal no exercício do cargo é legislar, propor, emendar, alterar e revogar leis estaduais. Além de fiscalizar as contas do governo estadual, criar Comissões Parlamentares de Inquérito e outras atribuições referentes ao cargo. São eleitos de acordo com o tamanho da população.


Salário:


Quanto custa um deputado estadual hoje

R$ 9.540,00.......................salário
R$ 27,5 mil.........................verba de gabinete
R$ 30 mil............................contratação de assessores
R$ 7,5 mil...........................aluguel de veículos
TOTAL..............................R$ 74.540,00

Os deputados estaduais também têm direito a dois salários extras anuais, um no início do ano e outro no final. Cada parlamentar também tem direito a uma cota de impressos, em valor não especificado.


Lei da Ficha Limpa:


Basicamente falando, a lei diz que nenhum candidato pode exercer seu mandato se tiver passagem pela polícia ou estiver sendo acusado de algo que nos faça duvidar de seu caráter.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Google ameaça encerrar serviços
na China após ataques virtuais

AFP

O Google anunciou em seu blog oficial nesta terça-feira (12) que pode deixar de oferecer seus serviços na China.

O comunicado, assinado por David Drummond, vice-presidente de desenvolvimento, explica que a versão chinesa do Google entrou no ar em 2006 e atualmente está sendo alvo de ataques virtuais promovidos por criminosos chineses.

O executivo diz que o site tem fortes evidências de que o objetivo dos ataques era acessar as contas do serviço de e-mail Gmail e obter informações sobre ativistas chineses que lutam pelos direitos humanos.

Tentativas de golpes virtuais desde o ano passado levaram a empresa a rever suas atividades no país.

- Esses ataques, somados às tentativas de golpe no ano passado com a intenção de limitar a liberdade de expressão na web, nos levaram a concluir que devemos examinar a viabilidade de nossas operações na China. Decidimos que não estamos mais dispostos a continuar a filtrar os resultados na nossa página chinesa e ao longo das próximas semanas vamos discutir com o governo chinês como operar um serviço de buscas não filtradas, dentro da lei.

Ele contou que não é só o Google que encontra problemas no país. Outros 20 sites foram alvos de crimes virtuais recentemente.


Comentario dos donos do blog: Nós, do Boas Novas, achamos que a China tem que parar com essa censura, pois quanto maior for ela, mais os hackers se empenharão em burlar o sistema de censura. Por isso que a China hoje, tem os melhores hackers do mundo. A Google está totalmente certa de tirar o site do ar, pois estavam liberando - mesmo sem intenção - informações pessoas de alguns chineses. Então concordamos plenamente com a Google.

A primeira vez no mapa
NO CENTRO DO PAÍS
O espaço destinado ao futuro Distrito Federal, definido em 1893, aparece no Pequeno Atlas do Brasil, de 1922. O ponto demarcado era conhecido como Quadrilátero Cruls, referência à missão exploratória

A primeira vez no cerrado

OS PÉS NA IMENSIDÃO
Às 7h45 de 2 de outubro de 1956 o DC-3 da Força Aérea Brasileira decolou do Aeroporto Santos Dumont a caminho do ponto onde seria erguida Brasília. A pista de 2 000 metros para pouso tinha sido construída na véspera. Depois de descobrir "a vastidão desconcertante do vazio", Juscelino Kubitschek escreveu no Livro de Ouro: "Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino".
PLANALTO CENTRAL - 2 | 10 | 1956
FOTO: Jean Manzon

O primeiro cruzamento

DOIS EIXOS
Para o antropólogo carioca Milton Guran, a imagem destas páginas é "a mais extraordinária fotografia do Brasil moderno, um registro seminal que simboliza o momento em que o brasileiro tomou posse efetiva de seu destino". O fotógrafo Mário Fontenelle, a bordo de um monomotor, pediu ao piloto que voltasse: "Quero fazer esta foto". Ela mostra o cruzamento do Eixo Monumental com o Eixo Rodoviário, o Eixão, o ponto zero da cidade imaginada pelo urbanista Lucio Costa. A história desculpa a precariedade do registro.
BRASÍLIA - 1957
FOTO: Mario Fontenelle/Arquivo Público do Distrito Federal

Os primeiros projetos

QUATRO MOSQUETEIROS
Debruçados na maquete da cidade que nascia, Oscar Niemeyer (à esq.), Israel Pinheiro, presidente da Novacap, Lucio Costa e Juscelino Kubitschek observam o avanço nas obras da Praça dos Três Poderes. Naquela altura, o Palácio da Alvorada já tinha sido inaugurado.
BRASÍLIA - 22 | 11 | 1958
FOTO: Mario Fontenelle/Arquivo Público do Distrito Federal

Brasília, 50 anos

DE LONGE, A PERFEIÇÃO
Inchado na periferia, com 2,6 milhões de habitantes, o Plano Piloto da capital federal visto do espaço tem o formato imaginado por Lucio Costa. De cima, a distância, nada parece afetar o traçado elaborado em 1957
BRASÍLIA - 2008
Foto a partir do satélite Ikonos
Space Imaging do Brasil / Geoeye

sexta-feira, 12 de março de 2010

Chile e Haiti - Semelhanças e diferenças


Em desastres os processos naturais são responsáveis por boa parte das consequências. O resto depende de como nos preparamos antes e de como enfrentamos o problema quando ocorre.
Não se pode comparar eventos naturais diretamente, pois envolvem situações geológicas diferentes com características particulares. No entanto, pode-se comentar similaridades e diferenças relativas entre episódios que afetaram realidades sócio-econômico-ambientais bastante diferentes como Haiti e Chile.
As similaridades são óbvias: os dois países foram afetados pelo mesmo tipo de processo pe­­rigoso, terremotos poderosos que alcançaram a superfície com um grande poder destrutivo. O terremoto chileno teve muito mais liberação de ener­­gia com magnitude 8,5 ou 8,8 na escala Richter, enquanto no Hai­­ti a magnitude foi 7,0. No Haiti, a profundidade do centro foi menor, e no Chile a extensão da ruptura na falha foi maior. As primeiras avaliações são de que os efeitos na superfície fo­­ram igualmente poderosos, al­­cançando intensidade na escala Mercalli igual ou superior a X (a escala vai de I a XII, em algarismos romanos).
Os efeitos sofridos na sociedade não são comparáveis. No Haiti o número de vítimas que morreram foi de 217.366, enquanto no Chile foram só 300 vítimas. No Chile muitas construções são planejadas para resistir a sismos, en­­quanto no Haiti não foram construídas para enfrentar terremotos, sendo mais adequadas para resistir a furacões.
Outra diferença é a defesa civil, que no Chile é um sistema forte, com liderança preparada e instrumentos para gestão de grandes desastres, além de buscar o envolvimento da população em treinamento. No Haiti o sistema é frágil e tem pouco en­­volvimento da população na preparação.
Resumindo, em desastres os processos naturais são responsáveis por metade das consequências. A outra metade depende de como nos preparamos antes e de como enfrentamos o problema quando ocorre.
Veja abaixo dois vídeos sobre os terremotos no Chile e Haiti.